No mês de maio o Sindicato Rural de Campo Verde deu início às aulas do projeto de Equoteraia, no Parque de Exposições Marco Antônio da Rocha, um antigo sonho que vem tomando forma.
Ao todo, 36 crianças serão atendidas nesta primeira etapa do projeto, gratuitamente, com acompanhamento especializado e dentro de todas as normas da equoterapia. Cada praticante é acompanhado por um cavalo, um auxiliar-guia, uma fisioterapeuta e uma psicóloga, todos treinados pela especialista Taiane Caldeira, responsável pela elaboração e implantação do projeto.
O projeto é uma iniciativa privada e necessita de apoio para atender a demanda do município, que é bem maior que a quantidade de vagas abertas neste início. Quem desejar conhecer de perto e ajudar o projeto pode entrar em contato através do telefone (66) 3419-2111.
Gabriel Martins Ribeiro, de 7 anos, possui Síndrome de Down e foi um dos estreantes do projeto. Já no primeiro contato montou o cavalo e divertiu-se bastante. “Minha expectativa é de melhorias para meu filho e que ele tenha um rendimento melhor no falar, no conhecer, no andar e tudo mais. O primeiro contato foi excelente, eu amei, estou muito satisfeita com o projeto. Não esperava agora e me surpreendi, uma ótima ajuda para nós que temos filhos especiais”, conta Eliane Martins, mãe de Gabriel.
Assim como Eliane, outras mães acompanharam a aula inaugural, em maio, com sorriso no rosto e boas expectativas, com orgulho ao verem seus filhos vencendo medos, dificuldades e iniciando uma nova atividade que traz muitos benefícios onde quer que seja realizada.
Equoterapia, o que é?
A Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas da saúde, educação e equitação, visando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais (ANDE-Brasil).
As técnicas utilizadas agem para superar danos sensoriais, motores, cognitivos e comportamentais através de uma atividade lúdico desportiva, oferecendo todas as condições julgadas importantes ao tratamento dos praticantes.
Quem deve praticar e por quê?
As principais indicações para Equoterapia são: doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clinico-metabólicas; sequelas de traumas e cirurgias; doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais; distúrbios de aprendizagem e de linguagem; distúrbios sensoriais.
As patologias mais frequentes em indicações são Paralisia Cerebral; Sequela de AVC; Autismo; TDAH; Transtornos comportamentais; Síndrome de Down; Retardo Mental; Fobia; Ansiedade; Hidrocefalia; Hipotonia e TOD.
Segundo apresentado pela especialista Taiane Caldeira, dentre os benefícios da Equoterapia estão: melhora o equilíbrio e a postura; desenvolve a coordenação motora de movimentos entre tronco, membros e visão; estimula a sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa pelo ambiente e pela atividade com o cavalo; oferece sensação de ritmo; desenvolve a modulação do tônus muscular e estimula força muscular; desenvolve a coordenação motora fina; promove a consciência corporal; promove a organização temporal e orientação; aumenta a autoestima, facilitando a integração social; estimula o bom funcionamento dos órgãos internos; aumenta a capacidade ventilatória e a consciência da respiração.
A Equoterapia também melhora memória, concentração e sequência de ações; melhora do apetite, digestão e deglutição; motiva o aprendizado, encorajando o uso da linguagem; ajuda a superar fobias (altura e animais); estimula a afetividade pelo contato com o animal; aumenta a capacidade de independência e de decisões; ensina a importância de regras como segurança e disciplina; diminui agressividade e promove sensação de bem estar.
Fonte: Assessoria SRCV
Foto: Thalita Araujo/SRCV