O Projeto de Equoterapia encabeçado pelo Sindicato Rural de Campo Verde realizou sua aula inaugural nesta quarta-feira, 15, em sua sede, dentro do Parque de Exposições Marco Antônio da Rocha.

Ao todo, 36 crianças serão atendidas nesta primeira etapa do projeto, gratuitamente, com acompanhamento especializado e dentro de todas as normas da equoterapia. Cada praticante é acompanhado por um cavalo, um auxiliar-guia, uma fisioterapeuta e uma psicóloga, todos treinados pela especialista Taiane Caldeira, responsável pela elaboração e implantação do projeto.

Gabriel Martins Ribeiro, de 7 anos, possui Síndrome de Down e foi um dos estreantes do projeto. Já no primeiro contato montou o cavalo e divertiu-se bastante. “Minha expectativa é de melhorias para meu filho e que ele tenha um rendimento melhor no falar, no conhecer, no andar e tudo mais. O primeiro contato foi excelente, eu amei, estou muito satisfeita com o projeto. Não esperava agora e me surpreendi, uma ótima ajuda para nós que temos filhos especiais”, conta Eliane Martins, mãe de Gabriel.

Assim como Eliane, outras mães acompanharam a aula inaugural com sorriso no rosto e boas expectativas, com orgulho ao verem seus filhos vencendo medos, dificuldades e iniciando uma nova atividade que traz muitos benefícios onde quer que seja realizada.

“Estou muito feliz hoje em ver esse sonho se concretizar. Faz muito tempo que o sindicato queria iniciar a Equoterapia. Finalmente, conseguimos. Podemos atender 36 crianças por enquanto, mas a demanda de Campo Verde é muito maior que isso. Para nos mantermos e para conseguir atender mais crianças, precisamos de apoio, precisamos de patrocinadores. Vamos nos unir por esse projeto social tão bonito e tão útil”, convida Gladir Tomazelli, presidente do Sindicato Rural de Campo Verde.

Quem desejar ajudar o projeto pode entrar em contato através do telefone (66) 3419-2111.

Equoterapia, o que é?

A Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas da saúde, educação e equitação, visando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais (ANDE-Brasil).

As técnicas utilizadas agem para superar danos sensoriais, motores, cognitivos e comportamentais através de uma atividade lúdico desportiva, oferecendo todas as condições julgadas importantes ao tratamento dos praticantes.

Quem deve praticar e por quê?

As principais indicações para Equoterapia são: doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clinico-metabólicas; sequelas de traumas e cirurgias; doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais; distúrbios de aprendizagem e de linguagem; distúrbios sensoriais.

As patologias mais frequentes em indicações são Paralisia Cerebral; Sequela de AVC; Autismo; TDAH; Transtornos comportamentais; Síndrome de Down; Retardo Mental; Fobia; Ansiedade; Hidrocefalia; Hipotonia e TOD.

Segundo apresentado pela especialista Taiane Caldeira, dentre os benefícios da Equoterapia estão: melhora o equilíbrio e a postura; desenvolve a coordenação motora de movimentos entre tronco, membros e visão; estimula a sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa pelo ambiente e pela atividade com o cavalo; oferece sensação de ritmo; desenvolve a modulação do tônus muscular e estimula força muscular; desenvolve a coordenação motora fina; promove a consciência corporal; promove a organização temporal e orientação; aumenta a autoestima, facilitando a integração social; estimula o bom funcionamento dos órgãos internos; aumenta a capacidade ventilatória e a consciência da respiração.

A Equoterapia também melhora memória, concentração e sequência de ações; melhora do apetite, digestão e deglutição; motiva o aprendizado, encorajando o uso da linguagem; ajuda a superar fobias (altura e animais); estimula a afetividade pelo contato com o animal; aumenta a capacidade de independência e de decisões; ensina a importância de regras como segurança e disciplina; diminui agressividade e promove sensação de bem estar.

Fonte: Assessoria SRCV
Crédito fotos: Thalita Araujo/SRCV